o
canto apagado
no
encanto de mais um dia, fechasse o domingo
a
criançada já não corre no relvado,
são
horas de recolher.
os
barulhos do dia calam-se.
nem
se escuta o ladrar de um cão.
o
mar lá longe amoleceu e estendesse na areia,
embriagado,
o vento sopra sem força,
apoio
o rosto nas mãos.
e
fico apática ao que me rodeia,
o
olhar, fica preso a um passado
o
frio avança, a noite que aproxima-se,
o
corpo, é como um degrau na geometria
pernoito
na memória que me abraça.
o
coração é memória de saudades,
as
palavras são voz nas ausências.
apagasse
o canto, oculto o arrepio,
sem
ti , a noite não tem valor
a
cidade fica noutra ponta,
afasto
o olhar, das certezas que me tocam
atravesso
o silêncio num gemido de sonhos afastados…
helena maltez.